© Marcelo Correa

Nasci e me criei no Rio de Janeiro, mas isso não fez de mim uma pessoa apaixonada por praia, samba e carnaval. Criei-me ouvindo estórias fantásticas contadas por minha avó Maria, assistindo a filmes de terror durante a década de 1980 e escutando meus disquinhos de estórias infantis.

   Isso me fez ser povoada de estórias e fertilizou minha imaginação. Eu podia ir a qualquer lugar e ser qualquer pessoa.

   Comecei a escrever aos 20 anos de idade e aos 25 anos publiquei meu primeiro romance. Não levei muito tempo para criar um projeto literário consistente e assim dei início a trilogia “A Saga dos Brutos” que aborda a relação do homem comum com o trabalha que executa.

    Era um projeto arriscado, pois não havia na literatura brasileira, nem na contemporânea ou na clássica, um projeto semelhante. Iniciei uma jornada na contramão da produção atual com estórias povoadas de personagens peculiares realizando atividades simples e brutais como o abate de porcos, a limpeza de esgotos, a cremação de corpos e o resgate de vítimas de incêndios.

   Edgar Wilson é o nome de um dos meus personagens e é aquele que de modo recorrente aparece nos meus livros. Edgar se tornou parte essencial da minha literatura e seu jeito estranho de enxergar o mundo e seus atos condenáveis o tornam um personagem controverso e muito curioso.

    Tenho livros e textos publicados em diversos países e idiomas, como o sérvio, o francês e o alemão, entre outros. “A guerra dos bastardos”, é considerado um dos meus romances policiais estrangeiros publicado na Alemanha em 2013.

    Meus livros publicados:

   - O habitante das falhas subterrâneas (2003)
   - A guerra dos bastardos (2007)
   - Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos (2009)
   - Carvão animal (2011)
   - De gados e homens (2013)

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