© Andressa Andrade

Nasci em 1991 no sul do Brasil, numa cidade industrial sem praias chamada Canoas. Talvez por isso tenha começado a escrever, para tentar achar uma imagem de uma cidade onde eu realmente quisesse morar e com a qual eu me identificasse de fato. No meu primeiro livro, de contos, Contos de mentira (Record, 2011) ainda trazia esse senso de ser turista dentro de casa.

   No meu primeiro romance (Quiçá, Record, 2012), brinquei com isso e inventei minha própria cidade. Até chegar no meu último romance, Luzes de emergência se acenderão automaticamente (Alfaguara, 2014). Esse fala da minha cidade e das minhas coisas. Fui finalista de alguns prêmios nacionais, ganhei alguns, fui escolhida a mais jovem autora para a edição da Granta de melhores jovens autores brasileiros. Isso me deu um senso de saber o que estou fazendo, mas não de pra onde estou indo. Não sei se nada disso fez muito sentido. Talvez escrever seja a minha casa.

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